Sistema que prevê erros na obra e ajuda a gerir prédio chega ao país
BRUNA BORGES
ENVIADA ESPECIAL A WALTHAM (EUA)
Em alguns anos anos será possível conhecer em 3D, como em um videogame, a estrutura do imóvel ao comprá-lo na planta.
E, ainda na fase de projeto, prever consumos de energia elétrica e de água e evitar futuros desperdícios no condomínio analisando a vida útil de itens usados na construção, como lâmpadas.
A tecnologia para esses controles existe há cerca de 15 anos, mas só agora chega ao Brasil. É o BIM (Building Information Modeling), ou modelagem de informação da construção. Durante a obra, esse sistema simula, por softwares integrados, as etapas do processo, prevendo erros e problemas.
Quando o prédio está pronto, ele permite acompanhar suas operações com mais precisão. O síndico pode, por exemplo, calcular o tempo para substituição das lâmpadas das áreas comuns e programar manutenções.
Mas isso só é possível se a administradora do prédio usar o banco de dados da construção, que tem informações sobre os produtos usados --como a vida útil e os custos desses componentes, facilitando a elaboração de orçamentos mais exatos.
A princípio, o uso do software não oneraria a mensalidade do condomínio, pois o custo do BIM já teria sido bancado pela incorporadora e repassado ao preço das unidades. Esse custo inclui licenças dos softwares.
A Folha foi à sede da fornecedora Autodesk, nos EUA, conhecer alguns.
Usar o BIM na gestão condominial, porém, levará alguns anos, até ficarem prontos os primeiros projetos-piloto que usam o sistema, já adotado por Gafisa, Kahn do Brasil, Matec, Método Engenharia e Tecnisa.
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