sábado, 15 de janeiro de 2011

P/REGIÃO DA MOGIANA: UM ARTIGO, NÃO IMPORTA ÉPOCA, SERÁ SEMPRE ATUAL...(jc-m.guaçu)

Mais um projeto de shopping

11/12/2009 - 18h48 , sem atualização

O presidente da Acimg (Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu), Almir Mário Mascarini, surpreendeu a todos na semana passada, ao pedir aos comerciantes que tenham cautela com o anúncio da chegada de um shopping center na cidade. O dirigente foi direto em suas palavras e disse que guaçuanos e mogimirianos estão fartos de anúncios de outros empreendimentos comerciais que, até hoje, nunca saíram do campo da especulação. Mascarini lembrou de alguns projetos fracassados, como o Shopping Baradah, Taguá e, mais recentemente, o Pátio Mogi. Este último, chegou a colocar um escritório de vendas às margens da rodovia Deputado Nagib Chaib, no Morro Vermelho, que já foi desativado sem quaisquer explicações por parte da Brascan, responsável pelo empreendimento. Agora a Trade Invest Brasil, de Ribeirão Preto, afirma que pretende implantar um shopping nos antigos barracões da Cerâmica Chiarelli. O shopping, se sair do papel, vai se chamar “Figueira Plaza”. No entanto, até o momento, de concreto mesmo, há apenas um anteprojeto que está sendo analisado pela Prefeitura. Estranhamente, o prefeito Paulinho Barros (PV), ainda não se pronunciou sobre o assunto, mesmo sendo a implantação de um shopping na cidade, o sonho de qualquer político. Pode ser que o chefe do Executivo guaçuano, assim como Mascarini, esteja esperando um sinal mais nítido das intenções da Trade Invest, antes de hipotecar apoio ao projeto. Na história recente de Mogi Mirim e Mogi Guaçu, há inúmeros casos de empreendimentos que nunca passaram de promessas. O maior engodo talvez tenha sido o anúncio da construção de um terminal intermodal em Mogi Mirim, no início desta década. A empresa Brasil Cargo chegou a afirmar que construiria, em Mogi Mirim, um aeroporto com duas pistas de 4 mil metros, interligado a um terminal ferroviário! Depois de pronto, o “megaempreendimento”, como foi batizado pela imprensa, geraria mais de 15 mil empregos diretos. Essa estória ajudou o então prefeito Paulo de Oliveira e Silva (PSB) a derrotar Carlos Nelson Bueno, nas eleições de 2000. Em 2002, o então governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), chegou a vir a Mogi Mirim para “lançar, oficialmente” o terminal intermodal. Tudo não passou de uma grande mentira, um sonho megalomaníaco de empresários paulistanos. Também em Mogi Guaçu, o ex-prefeito Hélio Miachon Bueno (PMDB) emprestou seu prestígio político a um grupo de empresários que queriam implantar um shopping no terreno da antiga Cerâmica Martini. Alguns barracões chegaram a ser demolidos, mas o “shopping”, até hoje, não passa disso, ou seja, um amontoado de entulho. Portanto, Mascarini está correto ao pedir cautela aos futuros investidores guaçuanos e mogimirianos. Afinal, nos últimos anos, não foram poucos os casos de “venda de terrenos na Lua”.

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