FIM DA VILA CHAMPION: O CAMINHO MAIS CURTO ENTRE DOIS PONTOS
A Vila Champion é um bairro que faz parte da zona urbana de Mogi Guaçu. Pelo menos aparece nos mapas como sendo assim. As ruas até têm nome, o que caracteriza zona urbana. Uma das ruas se chama José Geraldo Solidário, nome de um moço de Mogi Mirim que morreu em acidente ocorrido na fábrica da International Paper, quando a proprietária ainda era a Champion Papel e Celulose.
O bairro foi criado por volta de 1960. As casas tinham o objetivo de ser moradia dos funcionários da fábrica de papel e celulose que hoje pertence à International Paper Company. Até 2005/2006, o local era rodeado por um bosque de "Pinus elliottii". Nesses dois anos citados, com a fábrica já sob a gestão da IP, todos os pinheiros foram cortados. Agora, segundo informação da própria IP, as casas vão ser derrubadas e ali serão plantadas árvores nativas. Daí vem a pergunta: "As árvores nativas tinham que ser plantadas obrigatoriamente ali?". E outra pergunta: "Não havia outro lugar, em Mogi Guaçu e na região, em que elas poderiam ser plantadas?".
Se a área é realmente pertencente à zona urbana, a IP não pode mexer ali sem a autorização da Prefeitura. Será que a Prefeitura autorizou o corte das ávores e a "desurbanização" da Vila Champion? Se autorizou, não se importou com o fato de o bairro ser um importante marco da história industrial de Mogi Guaçu. E, pela Constituição, a Prefeitura é a guardiã do patrimônio histórico do município. Parece que Nelson Albino tem razão quando diz que "o caminho mais curto entre dois pontos é uma reta" ("Pra que gastos? Pra que trabalheira? Pra que conflitos? Acabemos com tudo e pronto!").
Celso Mariano - Mogi Guaçu - 21dez2011 - celsombecaletti@hotmail.com
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