segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

NOSSOS "NATAIS"EM MOGI MIRIM (recordações da artista que esta na Áustria - ah!- tem ótimo anexo!))


(Rosângela Scheithauer)

Incrível como o Natal chega logo quando a gente é adulto!

Lembro-me que, quando crianca, vivia perguntando à minha mae quanto faltava para que fosse Natal. Demorava tanto!

Minhas lembrancas dos nossos Natais sao as mais lindas, singelas e afetuosas que guardo comigo. Havia na Igreja da Santa Cruz (nossa Igreja Paroquial) uma „Preparacao para o Natal“ à qual participávamos assíduamente. Tínhamos que ir todos os dias à igreja onde ouvíamos estorinhas natalícias, rezávamos, cantávamos e, ao final, recebíamos um carimbo em uma cartelinha contendo 24 quadradinhos. A crianca que enchia a cartelinha com os 24 carimbos ganhava um presente que o Padre distribuia no dia 25 de dezembro. Íamos à tal preparacao óbviamente com a intencao de ganhar o presente, mesmo sabendo que seria apenas uma lembrancinha sem grande valor.

Nao tínhamos árvore de Natal como os pinheirinhos daqui da Áustria – as nossas eram improvisadas ou de plástico. A que mais me recordo era a árvore na casa da minha Tia Zuca. Minhas primas pegavam uma arvorezinha qualquer, tiravam as folhas, passavam cola nos astes e no tronco e, por fim, grudavam algodao para dar efeito de „neve“. Depois era só pendurar as bolas e pronto – focava linda! Eu adorava ir lá na casa delas só para admirar aquela bela árvore de Natal.

Eu e meus irmaos acreditávamos piamente no Papai Noel. Colhíamos capim para o burrinho e à noite cada um de nós enchia o sapatinho e o deixava às vezes na sala ou ao lado de nossas camas. De madrugada o Papai Noel retirava o capim e, ao lado de cada sapatinho, deixava o presente, que sempre era bem simples, porém ficávamos imensamente felizes.

Lembro-me de uma única vez em que o Papai Noel em pessoa veio trazer uma bicicletinha para o meu irmao José Enéas. Foi a maior alegria! A única coisa que nao entendí muito bem foi que o Papai Noel chegou de „Kombi“ e nao me lembro o que minha mae respondeu quando lhe perguntei onde estavam as renas!!

Na manha do dia 25, já com os presentes nas maos, saíamos pelas ruas da vizinhanca mostrando o que cada um ganhou e „comparando“ com os presentes das outras criancas.

À missa do Galo nós raramente íamos, pois nao conseguíamos ficar acordados até a meia-noite, porém, nao deixávamos de ir no dia 25. Lembro-me que nesta missa muitas criancas e também adultos usavam umas vestimentas engracadas simbolizando as dos tempos de Jesus.

Meus pais cantavam em um coral chamado Gregório Magno, usavam umas batinas vermelhas compridas e sempre saiam pelas ruas para cantar – eram as famosas serenatas de Natal. Minha mae, com sua maravilhosa e inigualável voz de soprano-maior, era a estrela do Coral. Em casa ela sempre cantava „Noite Feliz“ e a Ave-Maria de Gounod. Algumas vezes os agudos da voz dela eram tao vibrantes que chegavam a romper copos de cristal – isto eu cheguei a ver pessoalmente e até hoje ainda me arrepio quando penso. Uma „senhora“ voz era a dela, quanto me orgulho!! Meu irmao cacula, Ricardo, nao podia ouví-la cantar pois sempre chorava muito de emocao. Tínhamos que levá-lo para longe para que ela pudesse cantar.

O almoco de Natal era sempre em nossa casa. Vinham as avós, tias e outros parentes mais chegados. Havia sempre leitoa, frango assado e, como sobremesa, doce de figo. O que nunca faltava e, aliás, tradicao até hoje, era a Champagne com pessego servida nas tacas de cristal que minha mae só tirava do armário neste único dia.

Um outro fato peculiar de Natal que nao me esqueco era que havia uma novena do Menino Jesus organizada por uma das irmandades da igreja, creio que era a irmandade Coracao de Jesus. As senhoras usavam uma fita vermelha com uma medalha dourada e na cabeca nunca faltava o véu negro. Durante a novena o Menino Jesus „pousava“ cada noite em uma casa e era uma festa recebe-lo em nossa casa, a Mamae colocava a toalha mais bonita que tinha na mesinha da sala circundada de vasos de flores. Admirávamos aquela pequena imagem na mangedoura com muito carinho e respeito, rezávamos o terco e, ao final, era-nos permitido acariciar a imagem.

No primeiro dia de Janeiro nós saíamos, como todas as outras criancas, a pedir, ou melhor, desejar „Bom Ano“ a todos os conhecidos, vizinhos e parentes da redondeza. Na realidade, nossa intencao era ganhar uns trocadinhos, o que sempre acontecia. Esperávamos ansiosos a saída do pessoal que ia à Igreja para pedir-lhes „Bom Ano“ – já com as maos esticadas aguardando a moedinha. O mais generoso de todos era o inesquecível Sr. Pedrao Simoso, ele sempre dava grandes gorjetas à criancada – nós o adorávamos.

Este costume de „Bom Ano“ existe até hoje, meus pais sempre deixam uma moedas para os primeiros que chegam. Os retardatários ganham balas ou bonbons!

Nós nunca tivemos luxo algum, era tudo muito simples, porém tudo feito com amor e dedicacao. Eram momentos puros, repletos de muita emocao.

Acho que enquanto existirem familias como a nossa, com certeza os Natais continuarao sendo maravilhosos!

DESEJO UM FELIZ E ABENCOADO NATAL A TODOS!


Psiu - nossa pensadora lá da Áustria - e sempre inspirada - nos envia esta ilustrativa complementação... (via facebook - às 05h45 deste lindo dia 13 de dezembro de 2011)


    • Obrigada Dino por publicar a minha cronica. Veja mais abaixo a resposta detalhada... e com mais recordacoes... sobre aqueles tempos dourados da infancia! Abracao da conterranea amiga. Rosangela Scheithauer
      · · · Ontem às 05:52 ·
      • 2 compartilhamentos
        • Rosangela Scheithauer
          Muito obrigada por publicar esta cronica! Como voce pode constatar eu me lembro como se fosse hoje dos lindos e inesquecíveis momentos da minha infancia. Muitos da minha familia dizem que tenho memória fotogáfica, mas acho que na verdade é justamente por eu estar fora e continuar tao apegada às minhas raízes que me ajudam a lembrar de fatos do passado. Relembrar é viver!!
          A Santa Cruz marcou muito a minha infancia, foi lá que nasci, frequentei a escola primária, brinquei naquelas ruas atrás da igreja, andei de bicicleta por todas aquelas travessas até lá em cima perto do antigo "Campo da Aviacao", comprei muitos docinhos nas "vendas" da D. Fortunata Albano e no "Armazém" da Dona Eunice Davoli Zuliani e muitas balas e chicletes no Bar do Baiano. Acompanhei muitas procissoes do Monsenhor Paiva (até hoje eu ainda o chamo de Padre Paiva - parece que ficou impregnado em minha memmória, mas ele sabe que nao o faco por mal) sempre carregando uma vela na mao. Lembro-me daqueles senhores das romarias todos com aquelas batinas - eu sempre perguntava ao meu pai porque eles usam "saias" !!? - e aquelas senhoras de véu na cabeca - branco se fossem solteiras e preto se fossem casadas. Nauquele tempo era uma forma dos mocos identificarem as mocas que ainda eram solteiras!
          Lembro-me que nos tais armazéns comprava-se tudo fresquinho: leite, ovos, carne, etc. Lembro-me dos frangos "pelados" (assim nós criancas os chamávamos) à venda pendurados pelos pés e lembro-me que podíamos comprar tudo a fiado e pagar no fim do mes. Todo mundo se conhecia e todo mundo tinha confianca um no outro - nao havia essa de nao pagar. No final do mes todo mundo ia "acertar as contas".
          Lembro-me do dia em que vi o primeiro telefone - daqueles de gancho - lá no Armazém da Dona Eunice. Até hoje me lembro do meu fascínio por aquela "modernidade" - acho que consigo até me lembrar que o numero do telefone era 24 - nao devia ter muito mais do que isso na cidade inteira!!
          Acúcar, café e arroz eram vendidos por quilo e eram embrulhados em papel em forma de um cone. Carne era embrulhada em papel de jornal. Eu adorava os doces: pirulitos, pacoquinha, doce de leite, doce de batata-doce, doce de abóbora, barquinha (era um doce feito daquelas folhas que parecem hóstias e recheado com uma geléia de alguma coisa indefinível), pirulito Zorro,cocadas brancas e de coco queimado, balas chitas, dadinhos....
          Eu gostava de ir brincar lá no "parquinho do Padre Paiva" que ficava ali na praca Santa Cruz - quantas vezes me balancei naquelas balancas e brinquei nas gangorras.
          Eu ia a pé da minha casa para o Monsenhor Nora, atravessava toda a Santa Cruz indo lá por cima perto do Fórum e depois descia a rua 13 (corrijam-me se eu estiver errada) até chegar ali na esquina da rua onde antigamente tinha a escola de datilografia da D. Cecilia Parra para depois chegar até o Monsenhor Nora. Quem nao se lembra da escola da D. Cecilia?? Acho que todos nós aprendemos a datilografar lá. Até hoje ainda nao consigo usar o termo "digitar" e muitas vezes já aconteceu de pedir pra minha filha sair do computador pois eu precisava "datilografar" um e-mail urgente! Ela me olhava com cara de espanto.... " datiiiiiiii o que Mami????" Fazer o que né?, nao posso negar que sou da geracao passada!
          Mas voltando ao assunto de ir a pé para o ginásio - fizesse sol ou chuva - mae nenhuma se preocupava naquele tempo. Era tudo tranquilo e sem stress, nao tínhamos celulares, nem I-Pods, nada disso. Nao tínhamos dinheiro, pois naquele tempo os pais nao davam as mesadas que as criancas de hoje em dia recebem. Tínhamos uns meros trocadinhos apenas para comprarmos umas balas ou chiclete na venda... e olha lá.
          Brincávamos na rua até de noite: brincadeiras de roda, pega-pega, esconde-esconde, amarelinha, casinha! Que delicia brincar de casinha fazendo "comidinhas" de barro e decorando a "casa" com latas e tijolos. Lembro-me dos "telefones" que fazíamos utilizando duas latas onde fazíamos um futo no fundo, passávamos um cordao preso por um palito e conversávamos por hora com a amiga/amigo.
          Íamos muito aos sítios nos domingos e lá entao era a maior farra. Quanto brincar por aquelas bananeiras e goiabeiras. Uma vez subi numa goiabeira e nao percebi que estava "empesteada" de taturana... Me queimei pelos bracos e pernas, foi um horror, mas mesmo assim nao parei de subir nas goiabeiras.
          Pois é minha gente, acho que muitos de voces que cresceram na Santa Cruz com certeza irao se identificar e relembrar essas coisas tao simples mas tao marcantes da infancia.
          Deus foi generoso comigo e me deu todos esses prazeres. Tudo o que sou e que aprendi devo a essa infancia maravilhosa que Deus me deu.

          E usando as próprias palavras do "Seu Pedro Simoso".... "vórta sempre pra ve nóis aqui" dizia ele todas as vezes que eu os visitava.

          Volto sempre sim senhor! E COM MUITO PRAZER!

          Até breve!

          Abracao,

          Rosangela

          p.s.: só complementando algo que me lembrei nesse momento. Quando ia ao Bar do Baiano comprar balas ele tinha um ar de ser bravo, mas no fundo tinha um coracao de ouro. Ele perguntava: " O que ce qué Menina?" e eu lhe dava algumas moedinhas que mal davam pra comprar UMA bala e ele me dava um montao. Eu lhe dava um sorrisao e dizia: "Brigadu" e saia feliz da vida. Um dia meu irmao foi tentar fazer o mesmo, mas só saiu de lá com uma bala. Acho que era o MEU sorriso que conquistava o "Seu Baiano" !!!
          Ontem às 05:53 · · 1
        • Miriam Rodrigues Costa Adorei a resposta e digo o mesmo Rosangela, nossa infância foi maravilhosa, as brincadeiras na rua, o pega pega, balança caixão, passa anel e tantas outras, comidinhas de barro enfeitada com folhas pequeninas... bons tempos, a gente so parava a noite pra ouvir histórias das mães, como era bom!!! jsss
          Ontem às 10:06 · · 1
        • Miriam Rodrigues Costa Bjss
          Ontem às 10:06 ·
        • Rosangela Scheithauer Nooosssaaa nem me fale do Passa-Anel.... brinquei muuuuuito. E o anel era um daqueles que a gente ganhava num dos doces - alguem se lembra qual doce era? O anel tinha uma "pedra" de vidro cor-de-rosa, roxa, amarela...
          Ontem às 10:30 ·
        • Rosangela Scheithauer Nao tinha um doce que parecia um sorvete, mas a parte de cima era uma bola de maria mole????
          Ontem às 10:32 · · 1
        • Miriam Rodrigues Costa Simmmmm, tinha. Era toda enfeitada daquelas bolinhas duras coloridas grudadas, comi muito doce do Bar do Ponto, eu morava na Rua DR.Ulhoa Cintra, tinha tbm aqueles canudinhos de doce de leite, doce de abóbora em forma de coração e vc se lembra do Quebra Queixo? Da pipóca do baiano na Pça Rui Barbosa??? Vixi, tempo bom demais!!!
          Ontem às 11:36 ·
        • Vera Helena Christofoletti Gonçalves
          Parabéns prima!!!! sua memória é mesmo fantástica, até do n.24 do telefone da venda do Davoli vc não esqueceu, era esse mesmo... lendo suas cronicas voltei muito ao passado e lembrei-me do chinelo de cordas que usávamos dentro de casa e muitas vezes do dedão enfaixado depois das topadas pq ficávamos descalços o dia todo; bons tempos que ficaram na memória e só em crônicas como vc tem a habilidade de escrever um dia tvz essas histórias serão relembradas.
          Ontem às 14:17 ·
        • Rosangela Scheithauer
          Boa lembranca Prima! Eu vivia com o dedao esfolado, porque naquele tempo a gente brincava nos quintais só de sandália de dedo - ou sem sapato e aí já viu né... quantas vezes pisei em caco de vidro. Uma vez fui pular o muro da minha casa que dava para o quintal da D.Ana Garros (na época que ela ainda costurava pra fora) e cai em cima de uma lata de sardinha - conclusao: direto para o médico onde levei 3 pontos... SEM ANESTESIA! Foi o Dr. Marcelo (que tinha consultório ali em frente ao Bar Mirim) que fez isso !!!!! Doeu mais do que a dor do parto! :-)
          há 19 horas ·
        • Rosangela Scheithauer Nossa! quantas informacoes, quantas recordacoes. Voces que escreveram seus comentários contribuiram muito, pois agora já tenho base para uma nova cronica.... me ajudem aí num bom título... por ex.: Coisas do passado. ou Lembrancas da velha Mogi Mirim. ou Coisas que nao voltam mais.... E PARA AQUELES QUE LERAM ATÉ AQUI E QUISEREM COLOCAR SUAS LEMBRANCAS POR FAVOR FACAM ISSO.
          há 19 horas ·
        • Rosangela Scheithauer
          Genteeeee.... me lembrei da antiga Loja Guerreiro!!!!!!!! Meu Deus como aquela loja era o "máximo" naquela época. Todo mundo ia lá escolher o tecido para o vestido do próximo baile... casamento... madrinha.... etc. Tinha vezes que a gente ia lá e precisava esperar um tempao até ser atendida, pois o movimento lá fervia. Depois de escolher o tecido a gente levava para a costureira e escolhia o "modelitcho" da revista BURDA!!! Nosssaaaa... quantas vezes fiz isso. Vera, me ajuda aí... como era o nome daquela costureira famosa que morava ali no comecinho da Rua Espedicionários... D. Maria (nao lembro o sobrenome). A Cida Simoso também fez muuuuuuuuuuitos vestidos para mim - e muuuuitos "penteados" também (o meu penteado do dia em que fiz a crisma foi ela quem fez). Erika, manda um beijao pra Cida !!!!
          há 19 horas · · 1
        • Rosangela Scheithauer DINO.... acho que voce deveria colocar todos esses comentários que geraram da minha cronica lá no seu Blog. Pelo que voce está vendo todo mundo tem uma lembranca especial daqueles nossos bons tempos. Uma amiga me mandou um e-mail dizendo: noooosssaa Ro, voce tá desenterrando defunto da Santa Cruz....! As boas lembrancas fazem parte do que hoje somos.
          há 19 horas ·
        • Rosangela Scheithauer Vera Helena Christofoletti Gonçalves - já me lembrei do nome da costureira - era a D. Maria Bordignon. Foi ela que fez o meu vestido de debutante!!!!!!!!!!! nao vou falar o ano senao vou me entregar aqui.... tá doido!
          há 17 horas ·
        • Odinovaldo Dino Bueno Vou elaborar o trabalho sobre a agradável ideia...
          há 16 horas · · 1
        • Odinovaldo Dino Bueno
          Veja o nosso amigo e sapiente mestre da contabilidade da baixa mogiana - também curtindo a aurora da infância querida.... Legal, Dino,
          Ela, a Rosângela, se encontra sempre com meu irmão Maurílio, ambos moram em Viena. Favor transmitir lembranças aos dois.
          Abração,

          Milton Bonatti - Bonatti Consultoria
          Diretor

          + miltonbraz@bonatticonsultoria.com.br
          há 16 horas · · 1
        • Marçal Barros
          Ro, não se esqueça da Romaria de cavalos que todo ano o Padre Paiva fazia. Das brincadeiras dançantes do Grêmio e depois no Recreativo. A Sorveteria do Genaro, que servia o espumoni (acho que era este nome aquele sorvete de creme com chocolate, passa e nozes, acho que ainda me lembro do sabor e do Seu Rubens que servia o balcão). Lembro-me da pipoca da praça da matriz, em frente ao cine São José que a gente comia com molho de pimenta( nunca vi isso em lugar nenhum do mundo, rs). Lembro-me do boneco de gelo, que por alguns anos era exposto na época de Natal na casa Botelho. E do homem do guarda-chuvinha que tinha no meio do jardim velho e das jabuticabas que quase morríamos de tanto chupar, com caroço e tudo, sem lavar, direto do pé.... Sem falar das amoras...ai que saudade. Como era mesmo o nome daquela única loja de brinquedos que tinha lá em Mogi, tenho a impressão que era Bandeirante mas não tenho certeza! Adorei a lembrança do curso de datilografia da d. Cecilia, bons e velhos tempos. Sabe do que acabei de me lembra de uma expedição que fui fazer na Vossoroca, fui passar o dia lá com um bocado de crianças, levamos lanches, e depois uma bela surra dos pais, pois fomos todos escondidos, nem por isso ficamos traumatizados. Era bom fazer estas traquinagens...rs
          há 15 horas · · 1
        • Rosangela Scheithauer Dino.... ensina o Milton a lidar com o Face. No comeco parece nesmo um bicho de 7 cabecas, mas depois que a gente aprende nao larga mais!!!!!! :-) Retribuo o abraco ao Milto - da minha parte e da parte do irmao dele, Maurilio, com quem acabei de falar!!!
          há 15 horas ·
        • Marçal Barros Desculpe os erros pois estou digitando do cel e por vezes falha alguma letra, rs.
          há 15 horas · · 1
        • Rosangela Scheithauer
          Adorei as suas lembrancas, Marçal Barros. Lembro-me de tudo isso que voce mencionou. Nossa! aquele boneco que armavam lá na casa Botelho era a SENSACAO!! Claro que me lembro do Spumoni do Genaro, mas eu era mais fanzona da Vaca Preta - lembra?? O ponto de encontro da mocada era ali no Genaro e dali a gente ia para o Gremio ou para o Clube Mogiano. Lembra que quem nao tivesse carteirinha de sócio nao podia entrar, entao várias vezes emprestávamos a nossa para algum amigo(a). Uma vez um amigo meu entrou com a MINHA carteirinha... e ele até bigode tinha!! Meu Deus, será que o cara que controlava estava bebado?? (Nunca tive bigode viu gente?? vamos deixar isso bem claro). E lembra do posto do Romanelo? ali também era ponto de encontro de muita gente. Eu também já fui muitas vezes fazer expedicoes lá na Vossoroca - meus pais nunca ficaram sabendo... senao acho que eu também teria levado uma surra!. A loja de brinquedos era a BANDEIRANTES sim - era a única da época e todos os pais encomendavam os brinquedos ali... o Luiz Peres (priprietário) saia distribuindo em uma KOMBI vestido de Papai Noel na noite de Natal.
          há 15 horas ·
        • Rosangela Scheithauer
          A Romaria de Cavaleiros - depois da Festa da "Rainha da Santa Cruz" acho que era a maior festa da paróquia. Que festona e quaaaaaaaanta gente! Eu sempre me perguntava de onde vinham todos aqueles cavalos! Aqueles mocos todos vestidos de cowboys eram um charme. Depois da romaria tinha aquela festona no "Barracao" e ali é que a coisa esquentava. O auto-falante que nao parava de "falar" a noite inteira. Lembro-me dos "cartoes-elegantes" que as meninas mandavam para os meninos e vice-versa. Era um tal de mandar entregar um bilhetinho (que a gente escrevia num papel daqueles de embrulhar pastel) e escrevia: "Estou sentada na mesa ao lado da porta. Acho voce bonito"... hhehehhee Uma vez uma amiga escreveu isso e logo depois veio a resposta - "Se voce é a de azul, prefiro a sua amiga ao lado de blusa vermelha" hehehhehehehe
          há 15 horas · · 1
        • Rosangela Scheithauer me ajudem aí Pessoal.... eram cartoes elegantes ou correio elegante que chamávamos aqueles bilhetinhos?????
          há 14 horas ·
        • Marçal Barros Correio elegante, quem não se lembra, rs. Ah, vaca preta delicia, acho que vou fazer qualquer dia, mas acho que o sabor não será o mesmo.....
          há 14 horas · · 1
        • Rosangela Scheithauer
          Marcal, eu já tentei fazer aqui na Áustria, mas o gosto nao chegou nem perto da verdadeira do Genaro. A original receita é com aquele sorvete de nata que só o Genaro tinha (acho que ainda tem). Aqui nem tem nada parecido... eu usei sorvete de baunilha e misturei com a coca-cola, ficou ok - mas de jeito nenhum igual. Por outro lado: "quem nao tem cao, caca com gato" , nao é??? Eu improviso tudo!!!! Até farofa eu já improvisei com farinha de pao e servi para amigos com feijoada (também com tudo improvisado que achei por aqui) - adoraram!!! :-)
          há 13 horas ·
        • Érika Manera A Romaria continua, com algumas modificações, mas todo ano tem!! Eu sou a terceira geração.... e com muito orgulho... tem a festa de são sebastião também, que tem o leilão no domingo... dessas duas festas, o que quiserem de informação posso contar à vocês... pois veem de família a preparação... com muito orgulho.

Um comentário:

  1. Oi Dino!

    A "ilustrativa complementacao" que lhe enviei virou uma outra cronica!!!!! :-)
    Abracao,

    Rosangela

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