Kerri Strug: ginasta americana se transforma em heroína do ideal olímpico
Por Redação Yahoo! Brasil | Yahoo! Esportes – 19 horas atrás
"A coisa mais importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, mas participar; o essencial na vida não é conquistar, mas lutar com honra." - Barão de Coubertin, considerado o pai dos Jogos Olímpicos modernos.
A ironia do maior momento da vida de Kerri Strug é que o lema acima não foi seguido. No final, a última ginasta russa hesitou no exercício do solo, o que minimizou o erro no segundo salto de Strug e contou pouco na pontuação final. Felizmente, ela não sabia disso naquele momento, porque o que Strug fez em Atlanta-1996 é o mais perfeito exemplo do ideal olímpico, e é por isso que o esporte será sempre o máximo reality show.
O momento parece roteiro de Hollywood: EUA x Rússia, medalha de ouro na disputa, um time (americano) prestes a perder o primeiro lugar com apenas uma ginasta para se apresentar, mas ela acabou de torcer o tornozelo. Era um grande drama ao vivo, nas televisões ao redor do mundo: Strug com o pé que iniciaria a corrida no chão, com uma perna boa e a outra manca, o bonachão Bela Karolyi incentivando, dizendo que ela poderia fazer, apesar de ninguém saber se ela conseguiria correr, saltar e aterrissar com o tornozelo esquerdo machucado.
E então, sem hesitação, ela foi. Ela correu, ela saltou, ela aterrissou, ela levantou o seu delicado tornozelo esquerdo no ar, enquanto se virava, em uma perna, para saudar os juízes.
9.712.
Ela conseguiu - ela deu aos Estados Unidos a primeira medalha de ouro olímpica de esportes coletivos femininos da história, e com folga.
Coubertin teria ficado orgulhoso. Strug participou e lutou com honra. Que ela tenha vencido, também, bom. É por isso que algumas pessoas vão falar sobre Kerri Strug para sempre.
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