Jogador universitário de futebol americano é dispensado após beijar homem mais velho
Por André Carbone | Blog da Redação – 23 horas atrás
Jamie Kuntz é estudante universitário da North Dakota State College of Science. Ele foi dispensado do time de futebol americano da universidade supostamente por causa de sua orientação sexual. A explicação oficial do treinador é que ele se tornou uma distração para os jogadores durante a derrota dos Wildcats para a Snow College, fora de casa. Naquela partida, ele estava filmando a partida da cabine de imprensa, já que ficou de fora da lista final de jogadores para o jogo por uma contusão.
Kuntz, 18 anos, é gay e convidou o namorado de 65 anos de idade, que vive no Colorado, local da partida, para ficar na cabine junto com ele. Durante a partida, Kuntz chegou a se afastar da câmera por alguns momentos para beijar o parceiro. Até aquele momento, a homossexualidade do jovem atleta era mantida em sigilo para os jogadores e até para sua família.
"No fim do jogo, o treinador me puxou de lado no ônibus e me disse: 'O que aconteceu na cabine? As pessoas disseram que você ficou distraindo a todos durante a partida'. Na verdade ele tentou colocar a culpa da derrota em mim, mas perdemos o jogo por 40 pontos! Ali eu menti ao treinador, disse que estava com meu avô na cabine", revelou Kuntz para o Yahoo! Sports.
Depois de ter mentido para o técnico, o jogador se arrependeu e pediu desculpas. Ele esperava uma punição, mas não a dispensa. "Achei exagero dele me chutar assim, mas ele disse que só restava me dispensar porque eu era 'muita distração para a equipe'. Eu não sei se ele é homofóbico, não consigo ver pelo coração dele. Mas, pela minha experiência, eu fui enganado", revelou o atleta.
Kuntz revelou que sempre se sentiu mal com as piadas cotidianas contra gays que acontecem no vestiário da equipe, e por isso não revelava sua opção abertamente. Porém, não gostou do fato das pessoas o criticarem por estar com um homem, e ainda por cima tão mais velho do que ele.
"Não seria a mesma repercussão se eu tivesse beijado uma mulher mais velha. Teriam até me parabenizado por isso", explicou o jogador, que ainda vê seu futuro dentro do futebol americano: "Eu acho que ser gay pode me afastar de algumas universidades, obviamente, mas algumas outras podem se interessar. Seja para onde eu for, essa história me trará muitas coisas, positivas e negativas, mas haverá uma universidade por aí disposta a me dar essa chance", completou.
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