Campeões gaúchos de xadrez
[editar]
Campeões com projeção internacional
O enxadrista que mais vezes sagrou-se campeão de xadrez do Rio Grande do Sul é Paulo Sérgio de Castro Oliveira, vencedor absoluto em seis disputas estaduais – 1972, 1987, 1990, 1992, 1993 e 2009 – mantendo uma carreira de destaque por mais de quatro décadas. Além das conquistas gaúchas, Paulo Sérgio teve diversas participações positivas em torneios nos Estados Unidos e foi o vencedor da semifinal do Campeonato Brasileiro em 1989.[9]
O que obteve maior destaque internacional foi sem dúvida Henrique da Costa Mecking, o Mequinho, campeão brasileiro em 1965 e 1967. Mequinho obteve o título de Grande Mestre Internacional de xadrez[10] e esteve entre os dez melhores do ranking mundial na década de 1970. Por duas vezes, venceu o torneio interzonal, classificatório para o campeonato mundial, chegando a figurar como terceiro do mundo em 1978, atrás somente de Anatoly Karpov, então campeão mundial, e do seu vice, Viktor Korchnoi.[11]
Outros dois campeões gaúchos que obtiveram destaque fora do estado foram Francisco Trois, Mestre Internacional e campeão sulamericano de 1978, e Antônio Rocha, também Mestre Internacional e campeão brasileiro de 1964 e 1969. Trois, que se destacou também como árbitro internacional e dirigente, permanece em atividade. Já Rocha desapareceu do cenário enxadrístico há vários anos e acredita-se que tenha falecido.[12]
O alemão Erich Eliskases, campeão do estado em 1947 e 1948, foi considerado um dos melhores jogadores do mundo ao final da década de 1930. Ele era um dos muitos mestres europeus que participavam da olímpiada de xadrez na Argentina, em 1939, e não retornaram a seus países de origem devido ao início da II Guerra Mundial. Eliskases inicialmente permaneceu em Buenos Aires, vindo a residir mais tarde em Porto Alegre e São Paulo.[13]
[editar]
Campeões absolutos
O termo absoluto é usado para diferenciar o campeão estadual pleno dos campeões de categorias específicas, como veterano, feminino, infantil, juvenil etc.[14]
Diversos campeões gaúchos tornaram-se nomes de destaque no xadrez brasileiro, obtendo resultados expressivos em competições nacionais. Além dos já citados, merecem ser lembrados os fortes enxadristas Pio Fiori de Azevedo, Rogério Sperb Becker, Ivan Boere de Souza, Luiz Ney Menna Barreto, Fabiano Prates e Eduardo Muñoa.[15]
Houve debate sobre o campeonato disputado em 1991. Naquele ano, a final reuniria os quatro classificados na semifinal e os dois maiores ratings do estado[16]. Trois e Paulo Sérgio Oliveira, os dois primeiros do ranking, declinaram o convite para a final. Assim, foram chamados os 3º e 4º colocados, Eduardo Palmeira Fº e Antônio Rogério Crespo. Ambos aceitaram jogar a final, que foi vencida por Crespo. Sérgio Ferreira, outro dos finalistas, questionou a legitimidade dessa vitória porque Crespo também participara da semifinal e não se classificara. O caso foi julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva da FGX, que confirmou o título de Crespo por sete votos a zero. Ferreira recorreu à CBX, que manteve a decisão da FGX.[17]
No ano de 1992 constam dois campeões. Não se trata de empate, mas sim correção do calendário. O então presidente da FGX, Egon Klein, verificou que atrasos na realização de campeonatos anteriores fizeram com que o título em disputa fosse sempre o do ano anterior. Por essa razão, o campeonato de 1973 constava como tendo um campeão desconhecido quando, na verdade, foi jogado com atraso no ano seguinte. Para corrigir essa distorção, em 1992 houve dois campeonatos. Um no início do ano, vencido por Sérgio Ferreira e que representava o título de 1991. E outro ao final do ano, vencido por Paulo Sérgio, que efetivamente valia o campeonato de 1992.[18]
A competição de 1978 terminou empatada e não houve desempate, com o título dividido entre Crespo e Everard.[19]
O vencedor do campeonato de 2008, Felipe Kubiaki Menna Barreto, é filho do também campeão estadual Luiz Ney Menna Barreto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário